- Publicado em: 15/02/2019
- Por: superadmin
- Na categoria: Pais e Filhos
O bebê nasce, mama e faz cocô sem problemas nas três primeiras semanas de vida. De repente, começa a ter acessos de choro, desses acompanhados por contorcionismos de braços e pernas, punhos fechados e gritos inconsoláveis. É o início da época da cólica, que dura até por volta dos 3 meses e faz parte do desenvolvimento infantil. Apesar de comum — um em cada quatro bebês pena com o quadro —, a cena assusta, e seus efeitos nos pais estão longe de serem irrelevantes.
Em pesquisa recente com mil mães, duas em cada três afirmaram que a cólica tem alto impacto na rotina familiar. Privação de sono e cansaço são as queixas mais comuns, relatadas por 69% das respondentes. Já os sentimentos de tristeza e impotência abalam 53% das entrevistadas. Realizado pela marca de remédios antigases Luftal, o levantamento traz à tona uma realidade já conhecida nos consultórios.
“As crises geram desespero e angústia na família. E isso dificulta o manejo da situação”, observa a médica Mariane Franco, presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Quando o sofrimento do pequeno desestabiliza os pais, a tensão pode piorar a dor. “Nessa fase, mãe e bebê vivem um processo simbiótico. Então, o que afeta um certamente afetará o outro”, explica a enfermeira Juliana de Oliveira Marcatto, professora da Universidade Federal de Minas Gerais.
Além dos fatores psicossociais, o tipo de dieta da criança e o perfil de sua microbiota são determinantes para o surgimento do aperto na barriguinha. Mas, em vários casos, a encrenca é apenas reflexo da imaturidade do sistema gastrointestinal.
Entenda: durante a digestão, a fermentação do leite faz com que o intestino dilate e acumule gases. Como o órgão ainda não se movimenta como deveria, há contrações involuntárias e a evacuação não acontece como manda o figurino. É nesse cenário de alterações inerentes ao desenvolvimento que aparece a dor.
As principais características de uma crise de cólica
Período crítico: Em geral, a dor começa no fim do dia, quando o bebê está cansado e o metabolismo passa a funcionar no modo noturno, mais lento.
Tempo certo: Para o diagnóstico, há uma regra de três: o ataque deve durar pelo menos três horas por dia e ocorrer mais de três dias por semana, durante três semanas seguidas.
Choro diferente: Ele fica mais intenso. Para ter certeza de que a cólica é a causa do berreiro, exclua outras possíveis causas, como fome, sono, frio e calor.
Mexe-mexe: O bebê fica irritado, com o rosto vermelho, tem contrações visíveis no abdômen, enrijecimento muscular e torções pelo corpo.
O que fazer na hora da cólica.
O mais indicado na hora do berreiro é acalmar o bebê. Afinal, pouco se pode fazer para realmente dar fim ao tormento. Alguns medicamentos chamam a atenção, como os que capturam os gases no aparelho digestivo. A categoria é segura, já que não há absorção pela corrente sanguínea, mas seu uso gera controvérsias.
Fonte: Saúde Abril.
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